Gandhi

Mahatma Gandhi, nasceu em 2 de Outubro de 1869 na India Ocidental e morreu assasinado por um hindú enfurecido e exaltado em 30 de janeiro de 1948 numa reunião de oração sendo que, com seu último suspiro, cantou o nome de Deus.
Desde 1914 retornou à India vindo da Inglaterra onde se encontrava estudando Direito e iniciou a luta pela independência da dominação britânica que já durava 3 séculos. Como líder político e espíritual da Índia, liderou pacificamente, sem agressões sem armas ou uso de força, mais de 250 milhões de hindus, sabendo utilizar-se engenhosamente de toda a Tradição para reerguer o orgulho e insuflar o civilismo da sua gente.
O nome ou apelido lhe atribuído "Mahatma", quer dizer: "Grande Alma".
Eis aqui, como rezava Mahatma Gandhi:





''Meu Senhor...
Ajuda-me a dizer a verdade diante dos fortes e
não dizer mentiras para ganhar o aplauso dos débeis.
Se me dás fortuna, não me tires a razão.
Se me dás êxito, não me tires a humildade.
Se me dás humildade, não me tires a dignidade.
Ajuda-me sempre a ver a outra face da medalha, não me deixes
culpar de traição a outrem por não pensar como eu.
Ensina-me a quierer aos outros como a mim mesmo.
Não me deixes cair no orgulho se triunfo, nem no desespero se
fracasso pois é a experiência que precede o triunfo.
Ensina-me que perdoar é um sinal de grandeza e
que a vingança é um sinal de baixeza.
Se me tiras o êxito, deixa-me forças para aprender com o fracasso.
Se eu ofender a alguém, dá-me a energia para pedir
desculpa e se alguém me ofende, dá-me energia para perdoar.
Senhor... se eu me esquecer de ti, nunca te esqueças de mim! ''
[Mahatma Gandhi]
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Os balões e os amores

Eu adorava balões de gás quando era criança. Lembrando disso, aparentemente por acaso, tantos balões depois, recordo com um sentimento muito nítido o prazer macio que experimentava cada vez que ganhava um. Ficava toda prosa. Virava um pé de riso. Andava de um canto para o outro com a pontinha do dedo amarrada ao pedaço de linha que permitia que o levasse comigo e impedia que se afastasse de mim. Aquele fio era a ponte que possibilitava o nosso encontro. O recurso que me garantia que, enquanto eu o mantivesse próximo, o balão permaneceria no mesmo metro quadrado onde o meu encanto existia.

A verdade é que, apesar de tanto zelo e de geralmente, por medida de segurança, chegar a asfixiar a ponta do dedo com tantas voltas de linha, poucos foram aqueles que cumpriram o destino previsto para os balões: estourar de repente ou esvaziar devagarinho até se transformar num pedaço de borracha triste, que em nada se assemelha ao formato anterior. Na maioria das vezes, a linha se soltava da minha mão por algum descuido e eu assistia o balão voar para longe, cada vez mais longe, cada vez mais longe, cada vez mais longe ainda do meu alcance.


Eu ficava lá, coração marejado, pé de riso sem flor, acompanhando aquele voo permeado de susto e de vento. Olhar estático, vida suspensa, experimentava a impotência de flagrar o afastamento do objeto amado sem poder fazer absolutamente nada que pudesse, naquele trecho dos ponteiros, alterar o itinerário que a surpresa desenhara. Os adultos me confortavam. Prometiam outros balões, que eu sabia que viriam. Costumavam vir. Mas aquele, aquele lá, que já voava distante, pequenino ponto já sem cor definida no céu, aquele não voltaria mais. Era por aquele que a tristeza virava chuva em meu rosto. Por aquele, cujo fio da linha não consegui manter comigo. Por aquele que despertara os risos que ainda ecoavam em mim.

Depois que virei gente grande, descobri, com lucidez embaraçosa, que alguns amores se afastam do nosso alcance igualzinho ao que acontecia com aqueles balões que vi se distanciarem cada vez mais, cada vez mais, cada vez mais. No início, a gente caminha todo prosa, um pé de vida florido, pontinha do sonho amarrada ao pedaço de linha que se chama esperança. Planos de jardim com girassóis, filho contente, cachorro, horta, rede na varanda, e aquela mão segurando a nossa, estrada afora. De repente, começa a ventar o vento que tira os sonhos do lugar, que faz o fio da linha se desprender do dedo, que recolhe a ponte e deixa o abismo. Um vento soprado pela desatenção, o descuido letal para os balões e os amores.

Há um momento sem sol em que a gente percebe que o amor anoiteceu. O coração enxovalhado, ferido, está exaurido pela aflição de tanto esticar-se para tentar alcançar o fio da linha que se soltou e amarrá-lo de novo na pontinha dos sonhos. No fundo, ele sabe que não o alcançará: voa longe demais da possibilidade de alcance. Se ainda insiste, buscando impulso para pulos cansados, é porque aquele amor, exatamente aquele, ainda é tudo o que ele mais deseja. Porque não sabe onde colocará as mãos, o encanto, o olhar, depois daquele instante. Porque não lhe importa que outro amor venha ao seu encontro. É aquele, aquele lá, que ainda o descompassa.

Vida marejada, nó apertado na garganta das coisas, chega finalmente o momento em que desejamos apenas o sossego que costuma vir com a aceitação. Coragem, às vezes, é desapego. É parar de se esticar, em vão, para trazer a linha de volta. É permitir que voe sem que nos leve junto. É aceitar que a esperança há muito se desprendeu do sonho. É aceitar doer inteiro até florir de novo. É abençoar o amor, aquele lá, que a gente não alcança mais.

Não existiria som...

... Se não houvesse o silêncio
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...

Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração.
Silenciosamente eu te falo com paixão...

Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz.
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer...

A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...

Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração.
Silenciosamente eu te falo com paixão...

Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz,
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer...

[Certas Coisas - Lulu Santos]

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Sagitário é ser dualidade

Filho do fogo, da alegria e do vento
e de Júpiter, o deus da sorte e do conhecimento.
Sua dupla natureza de cavalo e cavaleiro andante
de Centauro e Arqueiro viajante
sábio guerreiro pensante
conselheiro mandante
reflete o deus e o animal
o Criador e a criatura
terrestre e imortal
a chama da terra e o fogo espiritual
preso às forças do chão
e solto na rebeldia da evasão.
Arco firme, vida em movimento
o coração de pássaro livre
abre-se em chamas
para o firmamento.
Seus olhos são flechas buscando aventuras
em eternos arremessos além do horizonte
somando recomeços e mudanças.
Entre esforços terrenos e divinos
grande é a luta
a fé na vida
e a esperança!
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... e Deus espectador!

'O amor é filme
Eu sei pelo cheiro de menta e pipoca
que dá quando a gente ama
Eu sei porque eu sei muito bem como

a cor da manhã fica
Da felicidade, da dúvida, dor de barriga
É drama, aventura, mentira, comédia romântica

É quando as emoções viram luz,

e sombras e sons, movimentos
E o mundo todo vira nós dois, dois corações bandidos
Enquanto uma canção de amor persegue o sentimento
O Zoom in dá ré e sobem os créditos...'

[O Amor é Filme - Cordel do Fogo Encantado]
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Não há nem quem nem quê!

Você pra mim é o sol da minha noite,
é como a rosa luz de Pixinguinha;
é como a estrela pura aparecida,
a estrela a refulgir do Poetinha;
você,ó floré como a nuvem calma
no céu da alma de Luiz Vieira;
você é como a luz do sol da vida
de Stevie Wonder, ó minha parceira.

Você é pra mim o meu amor
crescendo como mato em campos vastos;
mais que a Gatinha pra Erasmo Carlos,
mais que a cigana pra Ronaldo Bastos,
mais que a divina dama pra Cartola,
que a domna pra Ventadorn,Bernart;
que a Honey Baby para Waly Salomão
e a Funny Valentine para Lorenz Hart!

Só você,
mais que tudo e todas, é só você!
só você que é todas elas juntas num só ser!

[Todas elas juntas num só ser - Lenine]

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