Suar é preciso


(Em outras palavras: se tudo fosse que nem a gente quer não teria a menor graça. Ou teria?)


Sempre ouvi falar que nada cai do céu. Essa era a frase mais usada pelo meu pai até três anos atrás. Te esforça, te empenha, tenha garra, não te acomoda. Mas eu, com um otimismo de bolsa e um pensamento feliz, achava que tendo bons amigos e muito talento em sorrir para a vida tudo daria certo. Durante um (longo) período, fiz parte da Turma da Boa Vida. Estudei na melhor escola, fiz o que eu quis, nunca passei sufoco, tive todas as oportunidades que alguém de classe-média-mais-para-alta teria. Tive uma família que me deu apoio, empurrões e puxões de orelha. Mas a gente só se dá conta e entra no ringue quando suporta os socos fortes que o mundo dá – sem dó.

Meus amigos nunca tiveram que batalhar nada na vida: tudo veio de graça. Minha vida foi fácil, sem grandes esforços. Meu pai trabalhava com a Lei da Recompensa, dizia que a gente tem que fazer por merecer. E eu, que achava que meu charme conquistaria o mundo, me enganei redondamente. Charme funciona para quem trabalha na TV. Na vida real, a coisa muda completamente.

Experimente querer viver de palavras e depois me diga o que o mundo dirá de você. Não que eu seja pessimista, mas reclamo quando as coisas não dão certo. Gosto de tudo do meu jeito. É errado pensar assim? Talvez eu queira demais, é o que me digo todas as horas. Faço bico que nem criança quando algo não sai como planejado. Sou mimada e reconheço que, apesar das tentativas incessantes dos meus pais em me abrir os olhos, eu preferia olhar para um mundo que não existe (ou só existe dentro de mim?). Nesse mundo, as pessoas são legais, honestas e se ajudam sem esperar nada em troca. Ei, lá fora o mundo é diferente. Ei, nem todo mundo é legal. Ei, um dia você precisa sair da bolha. Eu duvidava dessas coisas que eles me diziam e eu e você sabemos que por trás da dúvida tem uma poesia bonita.

Uma coisa eu aprendi: você pode até ser legal com as pessoas, mas não espere que as pessoas sejam legais com você. Essa é a Lei de Sobrevivência. Entenda isso ou você vai sofrer pra burro. De vez em quando, sofro horrores. Me decepciono, fico frustrada, chocada, com medo. Mas continuo mantendo a minha essência, sendo boa com quem é bom. Sempre pensei assim: coisas muito boas acontecem com quem é bom. Mas entenda: não é só quem é bom para os outros, mas para quem também é bom para si mesmo. Não adianta você querer fazer o bem para fora. Antes de fazer para fora é preciso fazer para dentro.

Às vezes me perco no meio desse caos que eu sou. É emoção para todo lado, entende? Não, não queira ser eu. De vez em quando arde, de vez em quando queima. Sempre tive medo que as pessoas fizessem pouco caso dessas minhas tolices românticas, da minha forma de enxergar a vida. Porque eu enxergo a vida assim, pura. Talvez seja por isso que eu tenha tanta dificuldade em aceitar que existe essa sujeira absurda espalhada por aí.

Hoje eu sei, consigo entender e perceber que nada, nada é assim, de mão beijada – e existe, sim, gente muito filho da puta no mundo. Nada é tão certinho como eu pensava que fosse. E a vida é muito difícil às vezes. Pena que tive que dar tantas cabeçadas para descobrir – e sei que muitas me aguardam. Mas ainda bem que eu tenho uma família que está sempre ao meu lado, independente dos meus erros e acertos, além de amigos de verdade e um namorado que me diz que tudo vai dar certo – e dá.

(Clarissa Corrêa)

Clarice por Clarice


Ao mesmo tempo que ousava desvelar as profundezas de sua alma em seus escritos, Clarice Lispector costumava evitar declarações excessivamente íntimas nas entrevistas que concedia, tendo afirmado mais de uma vez que jamais escreveria uma autobiografia. Contudo, nas crônicas que publicou no Jornal do Brasil entre 1967 e 1973, deixou escapar de tempos em tempos confissões que, devidamente pinçadas, permitem compor um auto-retrato bastante acurado, ainda que parcial. Isto porque Clarice por inteiro só os verdadeiramente íntimos conheceram e, ainda assim, com detalhes ciosamente protegidos por zonas de sombra. A verdade é que a escritora, que reconhecia com espanto ser um mistério para si mesma, continuará sendo um mistério para seus admiradores, ainda que os textos confessionais aqui coligidos possibilitem reveladores vislumbres de sua densa personalidade.

A descoberta do amor

“[...] Quando criança, e depois adolescente, fui precoce em muitas coisas. Em sentir um ambiente, por exemplo, em apreender a atmosfera íntima de uma pessoa. Por outro lado, longe de precoce, estava em incrível atraso em relação a outras coisas importantes. Continuo, aliás, atrasada em muitos terrenos. Nada posso fazer: parece que há em mim um lado infantil que não cresce jamais.
Até mais que treze anos, por exemplo, eu estava em atraso quanto ao que os americanos chamam de fatos da vida. Essa expressão se refere à relação profunda de amor entre um homem e uma mulher, da qual nascem os filhos. [...] Depois, com o decorrer de mais tempo, em vez de me sentir escandalizada pelo modo como uma mulher e um homem se unem, passei a achar esse modo de uma grande perfeição. E também de grande delicadeza. Já então eu me transformara numa mocinha alta, pensativa, rebelde, tudo misturado a bastante selvageria e muita timidez.
Antes de me reconciliar com o processo da vida, no entanto, sofri muito, o que poderia ter sido evitado se um adulto responsável se tivesse encarregado de me contar como era o amor. [...] Porque o mais surpreendente é que, mesmo depois de saber de tudo, o mistério continuou intacto. Embora eu saiba que de uma planta brota uma flor, continuo surpreendida com os caminhos secretos da natureza. E se continuo até hoje com pudor não é porque ache vergonhoso, é por pudor apenas feminino.
Pois juro que a vida é bonita.”

Temperamento impulsivo

“Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”

Lúcida em excesso

“Estou sentindo uma clareza tão grande que me anula como pessoa atual e comum: é uma lucidez vazia, como explicar? assim como um cálculo matemático perfeito do qual, no entanto, não se precise. Estou por assim dizer vendo claramente o vazio. E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior do que eu mesma, e não me alcanço. Além do quê: que faço dessa lucidez? Sei também que esta minha lucidez pode-se tornar o inferno humano — já me aconteceu antes. Pois sei que — em termos de nossa diária e permanente acomodação resignada à irrealidade — essa clareza de realidade é um risco. Apagai, pois, minha flama, Deus, porque ela não me serve para viver os dias. Ajudai-me a de novo consistir dos modos possíveis. Eu consisto, eu consisto, amém.”.

Ideal de vida

“Um nome para o que eu sou, importa muito pouco. Importa o que eu gostaria de ser.
O que eu gostaria de ser era uma lutadora. Quero dizer, uma pessoa que luta pelo bem dos outros. Isso desde pequena eu quis. Por que foi o destino me levando a escrever o que já escrevi, em vez de também desenvolver em mim a qualidade de lutadora que eu tinha? Em pequena, minha família por brincadeira chamava-me de ‘a protetora dos animais’. Porque bastava acusarem uma pessoa para eu imediatamente defendê-la.
[...] No entanto, o que terminei sendo, e tão cedo? Terminei sendo uma pessoa que procura o que profundamente se sente e usa a palavra que o exprima.
É pouco, é muito pouco.”

Escritora, sim; intelectual, não

“Outra coisa que não parece ser entendida pelos outros é quando me chamam de intelectual e eu digo que não sou. De novo, não se trata de modéstia e sim de uma realidade que nem de longe me fere. Ser intelectual é usar sobretudo a inteligência, o que eu não faço: uso é a intuição, o instinto. Ser intelectual é também ter cultura, e eu sou tão má leitora que agora já sem pudor, digo que não tenho mesmo cultura. Nem sequer li as obras importantes da humanidade.
[...] Literata também não sou porque não tornei o fato de escrever livros ‘uma profissão’, nem uma ‘carreira’. Escrevi-os só quando espontaneamente me vieram, e só quando eu realmente quis. Sou uma amadora?
O que sou então? Sou uma pessoa que tem um coração que por vezes percebe, sou uma pessoa que pretendeu pôr em palavras um mundo ininteligível e um mundo impalpável. Sobretudo uma pessoa cujo coração bate de alegria levíssima quando consegue em uma frase dizer alguma coisa sobre a vida humana ou animal.”

A síntese perfeita

“Sou tão misteriosa que não me entendo.”

A certeza do divino

“Através de meus graves erros — que um dia eu talvez os possa mencionar sem me vangloriar deles — é que cheguei a poder amar. Até esta glorificação: eu amo o Nada. A consciência de minha permanente queda me leva ao amor do Nada. E desta queda é que começo a fazer minha vida. Com pedras ruins levanto o horror, e com horror eu amo. Não sei o que fazer de mim, já nascida, senão isto: Tu, Deus, que eu amo como quem cai no nada.”

Viver e escrever

“Quando comecei a escrever, que desejava eu atingir? Queria escrever alguma coisa que fosse tranqüila e sem modas, alguma coisa como a lembrança de um alto monumento que parece mais alto porque é lembrança. Mas queria, de passagem, ter realmente tocado no monumento. Sinceramente não sei o que simbolizava para mim a palavra monumento. E terminei escrevendo coisas inteiramente diferentes.”
“Não sei mais escrever, perdi o jeito. Mas já vi muita coisa no mundo. Uma delas, e não das menos dolorosas, é ter visto bocas se abrirem para dizer ou talvez apenas balbuciar, e simplesmente não conseguirem. Então eu quereria às vezes dizer o que elas não puderam falar. Não sei mais escrever, porém o fato literário tornou-se aos poucos tão desimportante para mim que não saber escrever talvez seja exatamente o que me salvará da literatura.
O que é que se tornou importante para mim? No entanto, o que quer que seja, é através da literatura que poderá talvez se manifestar.”
“Até hoje eu por assim dizer não sabia que se pode não escrever. Gradualmente, gradualmente até que de repente a descoberta tímida: quem sabe, também eu já poderia não escrever. Como é infinitamente mais ambicioso. É quase inalcançável”.

A importância da maternidade

“Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida. Nasci para amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos. O ‘amar os outros’ é tão vasto que inclui até perdão para mim mesma, com o que sobra. As três coisas são tão importantes que minha vida é curta para tanto. Tenho que me apressar, o tempo urge. Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida. Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca [...].”

Viver plenamente

“Eu disse a uma amiga:
— A vida sempre superexigiu de mim.
Ela disse:
— Mas lembre-se de que você também superexige da vida.
Sim.”

Um vislumbre do fim

“Uma vez eu irei. Uma vez irei sozinha, sem minha alma dessa vez. O espírito, eu o terei entregue à família e aos amigos com recomendações. Não será difícil cuidar dele, exige pouco, às vezes se alimenta com jornais mesmo. Não será difícil levá-lo ao cinema, quando se vai. Minha alma eu a deixarei, qualquer animal a abrigará: serão férias em outra paisagem, olhando através de qualquer janela dita da alma, qualquer janela de olhos de gato ou de cão. De tigre, eu preferiria. Meu corpo, esse serei obrigada a levar. Mas dir-lhe-ei antes: vem comigo, como única valise, segue-me como um cão. E irei à frente, sozinha, finalmente cega para os erros do mundo, até que talvez encontre no ar algum bólide que me rebente. Não é a violência que eu procuro, mas uma força ainda não classificada mas que nem por isso deixará de existir no mínimo silêncio que se locomove. Nesse instante há muito que o sangue já terá desaparecido. Não sei como explicar que, sem alma, sem espírito, e um corpo morto — serei ainda eu, horrivelmente esperta. Mas dois e dois são quatro e isso é o contrário de uma solução, é beco sem saída, puro problema enrodilhado em si. Para voltar de ‘dois e dois são quatro’ é preciso voltar, fingir saudade, encontrar o espírito entregue aos amigos, e dizer: como você engordou! Satisfeita até o gargalo pelos seres que mais amo. Estou morrendo meu espírito, sinto isso, sinto...”

Um ano sem o Rei do Pop !


Como todo adolescente que viveu o fim dos anos de 1970 e início da década de 1980; Michael Jackson foi fonte de alegrias, entretenimento e momentos de pura libidinagem ao lado de algumas namoradas.

Observar, ao longo de minha vida, a forma quase dantesca com a qual ele transformou o seu corpo e todas as mazelas emocionais, legais e de toda ordem que pululavam em sua vida, foi uma experiência que só pode ser compreendida agora; já na minha maturidade.

A grande verdade, em minha opinião, é que Michael Jackson só era ele mesmo nos palcos. Apenas sob os holofotes e aplausos do público ele era feliz e vivo. Lá, ele estava acima dos preconceitos e das cobranças; das mentiras e das verdades; de tudo que não era a sua verdadeira paixão: a música.

Independente de pesarem sobre ele sérias denúncias de pedofilia e abusos contra menores, a verdade mesmo é que nada foi provado. Até porque, numa sociedade como a americana, os acordos extrajudiciais calavam a boca de testemunhas e familiares e, por sua vez, não podiam eximir o cantor do ataque de oportunistas.

Verdade ou mentira, seus problemas pessoais eram esquecidos ou ofuscados quando a sua genialidade musical tinha espaço para aflorar e se manifestar. Nos palcos, o atormentado e frágil menino explorado e maltratado se transformava num Deus brilhante e benévolo. Pronto a compartilhar de sua grandeza com os pobres mortais que o adoravam. A dança, a música, a técnica e a criatividade perdem muito com a morte de M. Jackson.

Deixo claro que julgo aqui o artista. O gênio inquieto e atormentado por fantasmas de seu passado. O ídolo que esbanjava graça, simplicidade e simpatia. Um ser humano que, com defeitos e virtudes, contribuiu para o avanço das artes musicais e para o surgimento de uma identidade musical em seu país totalmente diferente de tudo o que havia antes dele.

Como alguns outros grandes gênios musicais da humanidade, Michael Jackson morre jovem. Como Hendrix, Joplin, Elvis, Lennon e tantos outros; ele sai da vida e se transforma num tipo de ser diferente. Um semideus alçado a categoria de divindade por milhões de admiradores e fãs ao redor do planeta. Alguém que daqui a cinquenta, cem ou mais anos talvez continue a ser lembrado como gênio inovador e mestre no que fazia.

Alguém disse que, para ser um gênio, é preciso antes de tudo ser um atormentado e um inconformado com o mundo que o cerca. E vemos isso com total clareza na figura do menino negro franzino e de fala macia que apanhava do pai para ensaiar; saído do gueto do racismo estúpido americano e que acabou fazendo até os mais reticentes engolirem o seu talento e a sua força artística gigantesca.

Antes de erigirmos estátuas oportunistas e cantarmos hinos, devemos entender o que ele tinha na alma de artista. Ver com seus olhos sonhadores e pensar suas ideias de um mundo melhor, sem preconceitos, sem ódio, sem crianças espancadas, mortas ou lutando nas guerras, um mundo onde o ser humano fosse apenas isso… humano.

O homem teve defeitos e deixa dúvidas. Atormentado pela mídia, por seu passado e por seu presente, o artista conseguiu superar isso tudo e passar para a história como alguém irrepreensível no que fazia e um mago das multidões.

Para o homem, o pano desceu e o show acabou. Mas, para a lenda, a eternidade apenas começou.


(1958-2009)


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Por que as pessoas entram na sua vida?

Pessoas entram na sua vida por uma "Razão", uma "Estação" ou uma "Vida Inteira". Quando você percebe qual deles é, você vai saber o que fazer por cada pessoa.

Quando alguém está em sua vida por uma "Razão"... é, geralmente, para suprir uma necessidade que você demonstrou. Elas vêm para auxiliá-lo numa dificuldade, te fornecer orientação e apoio, ajudá-lo física, emocional ou espiritualmente. Elas poderão parecer como uma dádiva de Deus, e são! Elas estão lá pela razão que você precisa que eles estejam lá. Então, sem nenhuma atitude errada de sua parte, ou em uma hora inconveniente, esta pessoa vai dizer ou fazer alguma coisa para levar essa relação a um fim. Ás vezes, essas pessoas morrem. Ás vezes, eles simplesmente se vão. Ás vezes, eles agem e te forçam a tomar uma posição. O que devemos entender é que nossas necessidades foram atendidas, nossos desejos preenchidos e o trabalho delas, feito. As suas orações foram atendidas. E agora é tempo de ir.

Quando pessoas entram em nossas vidas por uma "Estação", é porque chegou sua vez de dividir, crescer e aprender. Elas trazem para você a experiência da paz, ou fazem você rir. Elas poderão ensiná-lo algo que você nunca fez. Elas, geralmente, te dão uma quantidade enorme de prazer... Acredite! É real! Mas somente por uma "Estação".

Relacionamentos de uma "Vida Inteira" te ensinam lições para a vida inteira: coisas que você deve construir para ter uma formação emocional sólida. Sua tarefa é aceitar a lição, amar a pessoa, e colocar o que você aprendeu em uso em todos os outros relacionamentos e áreas de sua vida.



É dito que o amor é cego, mas a amizade é clarividente!



[Martha Medeiros]

A realidade do MSN pelo crítico Arnaldo Jabor



Sempre odiei o que a maioria das pessoas fazem com os seus MSN’s. Não estou falando desta vez dos emoticons insuportáveis que transformaram a leitura em um jogo de decodificação, mas as declarações de amor, saudades, empolgação traduzidas através do nick. O espaço ‘nome’ foi criado pela Microsoft para que você digite O NOME que lhe foi dado no batismo. Assim seus amigos aparecem de forma ordenada e você não tem que ficar clicando em cima dos mesmos pra descobrir que ‘Vendo Abadá do Chiclete e Ivete’ é na verdade Tiago Carvalho, ou ‘Ainda te amo Pedro Henrique’ é o MSN de Marcela Cordeiro. Mas a melhor parte da brincadeira é que normalmente o nick diz muito sobre o estado de espírito e perfil da pessoa. Portanto, toda vez que você encontrar um nick desses por aí, pare para analisar que você já saberá tudo sobre a pessoa…
‘A-M-I-G-A-S o fim de semana foi perfeito!!!’ acabou de entrar. Essa com certeza, assim como as amigas piriguetes (perigosas), terminou o namoro e está encalhadona. Uma semana antes estava com o nick ‘O fim de semana promete’. Quer mostrar pro ex e pros peguetes (perigosos) que tem vida própria, mas a única coisa que fez no fim de semana foi encher o rabo de Balalaika, Baikal e Velho Barreiro e beijar umas bocas repetidas. O pior é que você conhece o casal e está no meio desse ‘tiroteio’, já que o ex dela é também conhecido seu, entra com o nick ‘Hoje tem mais balada!’, tentando impressionar seus amigos e amigas e as novas presas de sua mira, de que sua vida está mais do que movimentada, além de tentar fazer raiva na ex.
‘Polly em NY’ acabou de entrar. Essa com certeza quer que todos saibam que ela está em uma viagem bacana. Tanto que em breve colocará uma foto da 5ª Avenida no Orkut com a legenda ‘Eu em Nova York’. Por que ninguém bota no Orkut foto de uma viagem feita a Praia-Grande – SP?
‘Quando Deus te desenhou ele tava namorando’ acabou de entrar. Essa pessoa provavelmente não tem nenhuma criatividade, gosto musical e interesse por cultura. Só ouve o que está na moda e mais tocada nas paradas de sucesso. Normalmente coloca trechos como ‘Diga que valeuuu’ ou ‘O Asa Arreia’ na época do carnaval.
Por que a vida faz isso comigo?’ acabou de entrar. Quando essa pessoa entrar bloqueie imediatamente. Está depressiva porque tomou um pé na bunda e irá te chamar pra ficar falando sobre o ex.
‘ Maria Paula ocupada prá c** ‘ acabou de entrar. Se está ocupada prá c**, por que entrou cara-pálida? Sempre que vir uma pessoa dessas entrar, puxe papo só pra resenhar; ela não vai resistir à janelinha azul piscando na telinha e vai mandar o trabalho pro espaço. Cm certeza.
‘Paulão, quero você acima de tudo’ acabou de entrar. Se ama compre um apartamento e vá morar com ele. Uma dica: Mulher adora disputar com as amigas. Quanto mais você mostrar que o tal do Paulão é tudo de bom, maiores são as chances de você ter o olho furado pelas sua amigas piriguetes(perigosas).
‘Marizinha no banho’ acabou de entrar. Essa não consegue mais desgrudar do MSN. Até quando vai beber água troca seu nick para ‘Marizinha bebendo água’. Ganhou do pai um laptop pra usar enquanto estiver no banheiro, mas nunca tem coragem de colocar o nick ‘Marizinha matriculando o moleque na natação’.
‘ < . ººº< . ººº< / @ e $ $ ! - @ >ªªª . >ªªª >’ acabou de entrar. Essa aí acha que seu nome é o Código da Vinci pronto a ser decodificado. Cuidado ao conversar: ela pode dizer ‘q vc eh mtu déixxx, q gosta di vc mtuXXX, ti mandá um bjuXX’.
‘Galinha que persegue pato morre afogada’ acabou de entrar. Essa ai tomou um zig e está doida pra dar uma coça na piriguete que tá dando em cima do seu ex. Quando está de bem com a vida, costuma usar outros nicks-provérbios de Dalai Lama, Lair de Souza e cia.
‘VENDO ingressos para a Chopada, Camarote Vivo Festival de Verão, ABADÁ DO EVA, Bonfim Light, bate-volta da vaquejada de Serrinha e LP’ acabou de entrar. Essa pessoa está desesperada pra ganhar um dinheiro extra e acha que a janelinha de 200 x 115 pixels que sobe no meu computador é espaço publicitário.
‘Me pegue pelos cabelos, sinta meu cheiro, me jogue pelo ar, me leve pro seu banheiro…’ acabou de entrar. Sempre usa um provérbio, trecho de música ou nick sedutores. Adora usar trechos de funk ou pagode com duplo sentido. Está a 6 meses sem dar um tapa na macaca e está doida prá arrumar alguém pra fazer o servicinho.
‘Danny Bananinha’ acabou de entrar. Quer de qualquer jeito emplacar um apelido para si própria, mas todos insistem em lhe chamar de Melecão, sua alcunha de escola. Adora se comparar a celebridades gostosas, botar fotos tiradas por si mesma no espelho com os peitos saindo da blusa rosa. Quer ser famosa. Mas não chegará nem a
figurante do Linha Direta.
Bom é isso, se quiserem escrever alguma mensagem, declaração ou qualquer
coisa do tipo, tem o campo certo em opções ‘digitem uma mensagem pessoal para que seus contatos a vejam’ ou melhor, fica bem embaixo do campo do nome! Vamos facilitar!

Arnaldo Jabor

87 anos de muita polêmica, boa escrita e vida vivida

Expoente da literatura mundial
O escritor português era um dos maiores nomes da literatura contemporânea e vencedor de um prêmio Nobel de Literatura no ano de 1998 e de um prêmio Camões - a mais importante condecoração da língua portuguesa.

Entre seus livros mais conhecidos estão "Memorial do convento", "O ano da morte de Ricardo Reis", "O Evangelho segundo Jesus Cristo", "A jangada de pedra" e "A viagem do elefante". O mais recente romance publicado pelo escritor foi "Caim", de 2009. Seu estilo de escrita era caracterizado pelos parágrafos muito longos e escassez de pontuações.

"Ensaio sobre a cegueira", que conta a história de uma epidemia branca que cega as pessoas, metáfora da cegueira social, foi levado às telas em um produção hollywoodiana filmada pelo cineasta brasileiro Fernando Meirelles (de "Cidade de Deus") em 2008. O autor, normalmente avesso a adaptações de suas obras, aprovou o trabalho de Meirelles.

Saramago era considerado como o criador de um dos universos literários mais pessoais e sólidos do século XX e uniu a atividade de escritor com a de homem crítico da sociedade, denunciando injustiças e se pronunciando sobre conflitos políticos de sua época. Em 1997, escreveu a introdução para o livro de fotos "Terra", em que o fotógrafo Sebastião Salgado retratava a rotina do movimento dos sem-terra no Brasil.

O escritor português José Saramago morreu aos 87 anos em sua casa em Lanzarote, nas Ilhas Canárias, nesta sexta-feira (18). A informação foi divulgada pela família do escritor de "Ensaio sobre a cegueira" e confirmada em seu site oficial.


Fica aqui nossa eterna gratidão e homenagem à obra desse grande poeta, José de Sousa Saramago.

O tempo

''A vida é o dever que nós trouxemos pra fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor de nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.''
(Mário Quintana)

Sainha de Chita



"... mas quem troca uma menina de sainha de chita cor-de-rosa por uma semostradeira da cidade, de muita seda no corpo mas sem fé no coração?"

(in O jardineiro Timóteo, Monteiro Lobato)
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Armário Sem Portas



Armário sem Portas é um livro a um só tempo particular e universal. Particular por escancarar a vida das autoras, as homossexuais Karla Lima e Pya Pêra, e universal pelo que contém de humor e sensibilidade.

Em seu livro de estréia, o casal passa longe da auto-ajuda e dos romances trágicos, estilos abundantes no mercado editorial GLS brasileiro. Embora alguns capítulos abordem temas mais engajados como visibilidade, política e preconceito, o foco desta autobiografia é a comicidade.

Crônicas curtas e leves despertam o riso fácil em leitores de qualquer orientação sexual, graças às diferenças que Karla e Pya têm de história de vida, gostos e temperamento: enquanto uma descende de alemães, teve um marido, mede mais de 1,70m e faz o estilo intelectualizado, sem nenhum pendor esportivo, a outra é japonesinha, gay desde bebê, uma ex-atleta que adora samba e escolhe o celular conforme a capacidade da agenda de telefones!

Despretensioso e concebido originalmente para divertir as próprias autoras, Armário sem Portas provoca reflexão sem agredir o mundo e simpatia sem vitimizar os homossexuais. Uma obra irreverente e ágil, indicada não apenas para a comunidade GLS, mas para todos que apreciam dar boas risadas com um delicioso livro de lavabo.

Karla Lima nasceu em 1971, foi publicitária e estuda Jornalismo. Sonhava escrever um livro desde os 15 anos. Pya Pêra, empresária, consultora, musicista e fotógrafa, nunca tinha pensado nisso.
Recomendamos:
http://www.armariosemportas.com.br/
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Gabriel Bandarra e Felipe Mago



Eu trago o tempo na palma da minha mão,
sou como o vento, a ventania, o temporal.
Eu sou a vida que caminha na estrada, eu sou
nada transformado no que sou.
Tambem a dor que te aflinge, a solidão eu
sou o não, o grito, a raiva e a tristeza
mas sou beleza, sou sorriso e alegria, sou como
o dia renascido na manhã...

(Gabriel Bandarra)
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Quadrilha

João amava Teresa que amava Raimundo
que amava Maria que amava Joaquim que amava Lili
que não amava ninguém.
João foi para os Estados Unidos, Teresa para o convento,
Raimundo morreu de desastre, Maria ficou para tia,
Joaquim suicidou-se e Lili casou com J. Pinto Fernandes
que não tinha entrado na história.

(Carlos Drummond de Andrade)

Mania Terrível



Estou com uma mania absurda de observar as pessoas, analisar fatos, refletir situações, querer escrever sobre tudo que chama a minha atenção. Observar coisas. Coisas pequenas ou não. Uma joaninha ou uma formiga, seja lá qual for o objeto ou coisa... lá vou eu me perdendo... Mas também de analisar o 'ser humano' e ficando cada vez mais de queixo caído com algumas atitudes de certas pessoas, sabe quando você custa a crê que determinadas coisas existem ? Eu não me refiro ao Saci Pererê, Mula sem cabeça, ou coisa do gênero, eu estou falando de 'gente', gente pessoas, gente amigos, gente irmãos, gente mãe...

Tenho catado coisinhas inúteis ou não, e vou colocando com cuidado num baú. Já capturei um olhar perdido de uma criança na janela, uma aluna que não conseguia abrir o caderno por tremer de frio, e usava ambos os braços cruzados pra se aquecer, enquanto todos os seus colegas estavam vestidos devidamente com agasalhos, ela era a única que não...não possuia condições financeiras de ter um agasalho, do mais simples que fosse, tremendo de frio, bem à minha frente, Um comentário maldoso, um olhar cruel, um desabafo, uma borboleta ferida fazendo muita força pra voltar a voar, um cão pichado de branco da tinta fresca da casa, um bilhete de amor escrito no guardanapo sob a mesa do café, o brilho no olhar de uma moça, enquanto tomava sua Coca-Cola com dois canudos, um verde, outro vermelho, na garrafa de vidro, o barulho do rio de Contas escorrendo suavemente sobre a ponte, o vento desarrumando meu cabelo enquanto eu passava pela mesma, uma carinha boba perdida em mim, um sorriso infantil encantador, uma criança comendo pastel e caldo de cana. ( Meu Deus! isso realmente me assustou. Uma garota, ainda criança já contaminada pelos padrões de estéticas exigidas pela mídia. )
Estou num momento de observar mais e falar menos... me aproximar dos meus amores e me abstrair de relações que não me fazem tão bem. O sol entrando pela janela entreaberta, a brisa fria de inverno fazendo com que as folhas das árvores dancem su-a-ve-men-te lá fora, e meu coração saltando do meu peito.

Observações de hoje: Uma palavra pode mudar o dia. Um gesto mudar uma vida.

" Os seres humanos me assombram."
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Dignas de pena...



“As pessoas falam coisas, e por trás do que falam há o que sentem, e por trás do que sentem há o que são e nem sempre se mostram...”


(Caio Fernando Abreu)


(Arte Foto: Banksy)

"Pois eu quero mais dessa maluquice que me ajuda a reinventar maneiras de estar aqui."



"...o que dá trabalho mesmo é viver sempre do mesmo jeitinho. Pois eu quero mais dessa maluquice que me ajuda a reinventar maneiras de estar aqui. Porque para se estar aqui com um pouco que seja de conforto na alma há que se ter riso. Há que se ter fé. Há que se ter a poesia dos afetos. Há que se ter um olhar viçoso. E muita criatividade."




Ana Jácomo
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O que é o amor?

" Amor é quando alguém te magoa, e você, mesmo muito magoado, não grita, porque sabe que isso não vai te fazer bem. "

Mathew, 6 anos

"Quando minha avó pegou artrite, ela não podia se debruçar para pintar as unhas dos dedos do pé. Meu avô, desde então, pinta as unhas para ela. Mesmo quando ele também está ruim da artrite."

Rebecca, 8 anos

"Amor é quando uma menina coloca perfume e um menino coloca loção pós-barba, e eles saem juntos e se cheiram."

Karl, 5 anos

"Amor é como uma velhinha e um velhinho que ainda são muito amigos, mesmo se conhecendo há muito tempo."

Tommy, 6 anos

"Quando alguém te ama, a forma de falar seu nome é diferente."

Billy, 4 anos

"Amor é quando você sai para comer e oferece suas batatinhas fritas sem esperar que a outra pessoa te ofereça as batatinhas dela."

Chrissy, 6 anos

"Amor é quando minha mãe faz café para o meu pai e toma um gole antes, para ter certeza que está do gosto dele."

Danny, 6 anos

"Se você quer aprender a amar melhor, você deve começar com um amigo que você não gosta."

Nikka, 6 anos

"Quando você fala para alguém algo ruim sobre você mesmo e sente medo que essa pessoa não venha a te amar por causa disso, aí você se surpreende, já que não só continuam te amando, como agora te amam mais ainda."

Samantha, 7 anos

"Há dois tipos de amor, o nosso amor e o amor de Deus, mas o amor de Deus junta os dois."

Jenny, 4 anos

"Amor é quando mamãe vê o papai suado e mal cheiroso e ainda fala que ele é mais bonito que o Robert Redford."

Chris, 8 anos

"Durante minha apresentação de piano, eu vi meu pai na platéia me acenando e sorrindo. Era a única pessoa fazendo isso e eu já não sentia medo."

Cindy, 8 anos

"Amor é se abraçar, amor é se beijar, amor é dizer não."

Patty, 8 anos

"Quando você ama alguém, seus olhos sobem e descem e pequenas estrelas saem de você."

Karen, 7 anos

"Amor é quando seu cachorro lambe sua cara, mesmo depois que você deixa ele sozinho o dia inteiro."

Mary Ann, 4 anos

"Deus poderia ter dito palavras mágicas para que os pregos caíssem do crucifixo, mas ele não disse. Isso é amor."

Max, 5 anos

-

Esta foi uma pesquisa feita por profissionais de educação e psicologia com um grupo de crianças de 4 a 8 anos.

" Todas as grandes personagens começaram por serem crianças, mas poucas se recordam disso. "

(Antoine de Saint-Exupéry)

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Os humanos somos todos imortais.




Preciso dizer que te amo
Caetano Veloso -
2001


A navalha é carinho, é cartão de crédito. O Brasil vai ensinar ao mundo por isso: porque nas letras de Cazuza sempre aparece esse fio. Por exemplo: o direiro de dizer assim desabusadamente e com todas as letras que o Brasil vai ensinar o mundo (direito que foi adquirido pelo timbro da voz dos versos) é confirmado pela supresa da afirmação de que o Brasil vai aprender (tem que aprender) com o mundo. Outro exemplo: a letra de "Bicho Humano" resulta coesa e enxuta, como se fosse isso mais por causa do H da hora que anuncia e ecoa o humano do bicho que uiva do que pelos jogos singelos de "dance", "canse", "transe", "chance": o uivo é que assegura a sobriedade da composição. Não se passa uma letra de Cazuza sem um acontecimento que excite o interesse. Vê-las, lê-las, agora assim reunidas e comentadas (pelas vozes da hora, vozes que trazem o gosto da hora em que as canções foram feitas e gravadas) é constatar com assombro a intensidade do sentimento que atravessou a música brasileria na pessoa desse menino de Ipanema.

O rock brasileiro dos anos 80, aquela onda enorme que representou a maturação do estilo entre nós, foi um acontecimento auspicioso porque saudável e rico, revitalizador do ambiente e revelador de numerosos grandes talentos. Tão numeroso que, mesmo com o espantoso crescimento do mercado, muitos talentos correram o risco de sumir numa multidão. O caso de Cazuza foi especial: ele quase corre o risco de destacar-se demais da turma. Não só porque era desde logo um dos maiores entre os grandes, mas também (e talvez sobretudo) porque a originalidade de sua formação poderia ter lhe valido a expulsão do grupo. Ele chegou no rock com uma bagagem de samba-canção, com um eco de Rádio Nacional, que o movimento só aguentou porque era de fato forte e profundo. O depoimento de Nilo Romero sobre a composição de Brasil comove quando ressalta que ele e George Israel viram ali a oportunidade de fazer "samba-rock" pra valer, como nunca tinha sido feito antes. De fato, a expressão pode estar já na música de Jackson do Pandeiro, a intenção já rolava entre os tropicalistas, a combinação aparece ricamente ensaiada nos arranjos dos Novos Baianos -,mas samba-rock mesmo, cravado, desde a medula da composição, só Brasil. E é evidente que a inspiração para isso não chegaria sem Cazuza. Sem o timbre, as palavras, o sotaque, a personlidade musical do poeta Cazuza. Porque ele está entre Herbert Vianna e Lobão como está entre Ataulfo Alves e Lupicínio.

Com isso tudo, o que mais impressiona no corpo da produção de Cazuza agora é a carga de esperança que ela suscita. Paradoxalmente, o monte de canções de dessespero e lamento que nos deixou esse garoto que morreu tão cedo exala esperança. Mas o paradoxo é só aparente. O tom desesperado está sempre cheio de gosto pela vida, e o lamento é antes sensualidade. A força da esperança, no entanto, vem da obra em sua relação com a história da nossa música. E nossa história se tem contato privilegiadamente através da música popular.

Podemos chorar de saudade de Cazuza. Mas sempre tornamos a nos alegrar com sua presença divertida e desafiadora, porque ele é uma das pessoas que mais sabem expressar este fato dificílimo de entender e admitir: os humanos somos todos imortais.

Orelha do livro que reúne as letras de Cazuza, Preciso dizer que te amo, São Paulo, Globo, 2001
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A Preguiça é amiga íntima da Inveja.


Todo objeto de desejo é invejado, quer seja um bem material, uma qualidade pessoal ou até mesmo um atributo físico, tudo passa pelo crivo da inveja alheia. A preguiça é amiga íntima da inveja. Muitas vezes as pessoas sentem inveja até do que é possível. Vale lembrar que inveja não é você querer o que a pessoa tem, é não querer que ela tenha. Tem gente que quer ser atriz, mas não quer ler um livro e estudar teatro. Gente que quer falar inglês, sem enfrentar as aulas em dias de chuva. Quer escrever bem, mas diz nunca ter tempo pra ler um bom livro. Ninguém inveja o caminho que se deve seguir pra ter sucesso. Inveja só do resultado, é ter preguiça de pensar no que o invejado passou! O invejoso é preguiçoso por natureza, sem se esforçar por nada. O invejoso só é assim, porque teve preguiça de lutar pelos próprios sonhos e suas mais nobres conquistas. Aproveite bem o seu dia e lembre-se: A Preguiça é amiga íntima da Inveja.
E apesar de a inveja ser um indicador de sucesso, o invejado não se deve iludir com a 'massagem' que ela causa no ego. A inveja é um sentimento perigoso, muitas vezes destrutivo. Já vi coisas malignas e horrendas acontecerem quando a inveja se fez presente. Já dizia o sábio rei Salomão “O furor é cruel e a ira impetuosa, mas quem poderá enfrentar a inveja?” (Provérbios 27: 4)
Sei que a maior vitima da inveja é o próprio invejoso (Leia Provérbios 14.30), mas a proposta hoje é ajudar o invejado. Deixo aqui algumas dicas de como lidar com a inveja alheia.

1)Não estimule a inveja. ( Ninguém estar livre de ser invejado, basta ter algo que chame atenção. Também deve ter em mente que a inveja pode se tornar uma doença que fará o invejoso sofrer muito, não seja responsável por isso. Ocultarei meus méritos? Não! Apenas aja com naturalidade, sem exposição desnecessária, sem provocações, sem humilhações. Viva com singeleza, reconhecendo que tudo vem de acordo a vontade do Pai.)

2)Não pague mal por mal. ( Há quem pense: “já que ele torce contra mim, eu torço contra ele”. Uma forma de vencer a inveja é torcer e cooperar pelo sucesso de quem quer lhe ver no chão. Assim você irá plantar uma poderosa semente de amor no coração do invejoso, que deverá ficar constrangido. Observe o que diz a respeito o apóstolo Paulo:
“Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de
beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça.”)(Romanos 12 : 20)

3)Vença a inveja com oração, um galhinho de arruda e um bom e demorado banho de sal grosso. (É importante fazermos algumas considerações finais sobre a inveja que nos levarão a necessidade de orar. Primeiro, temos de pensar que nem sempre sabemos de onde vem a inveja, apesar de, muitas vezes, está implícita. Existem mais invejosos escondidos do que expostos cercando sua vida. Veja a interessante frase do jornalista Zeunir Ventura: “O ódio espuma. A preguiça se derrama. A gula engorda. A avareza acumula. A luxúria se oferece. O orgulho brilha. Só a inveja se esconde”.)

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Plástico é um saco



Sendo 2010 o ano internacional da Biodiversidade é hora de acordar, refletir e agir sobre questões como essa. A nossa chance de encarar a verdade em relação à nosso Planeta. Precisamos de contabilidade de verdade para assegurar o reconhecimento do valor da biodiversidade, financiamento de verdade para a conservação da natureza e proteção de verdade para os lugares mais ameaçados e importantes da Terra.
Esse esforço é vital para o bem-estar da humanidade no presente e no futuro.
Mas ainda precisamos fazer mais.
O Ano Internacional da Biodiversidade é uma oportunidade única para ampliar a compreensão do papel vital da biodiversidade na manutenção da vida na Terra e para conter a perda de espécies.

A pergunta é: vamos conseguir aproveitar essa oportunidade?
2010 é nossa chance de provar que sim.
O que você pode fazer? Há algo bem simples, e que já ajuda absurdamente. É o não uso das sacolas plásticas. Sejam elas brancas, verdes, amarelas, bonitinhas ou não. Diga NÃO à estas sacolas plásticas, e adote uma, duas, três ou mais sacolas retornáveis.
Então, só pra lembrar...sabem aquelas inocentes sacolas plásticas que os supermercados usam para empacotar produtos? Não são nada inocentes! Há países que já adotaram uma campanha bastante forte para que os consumidores parem de utilizá-las e usem sacolas não-descartáveis.

O motivo é o impacto ambiental das tais sacolas. Estima-se que quase 7 bilhões de sacolas sejam usadas por ano, 2/3 das quais são importadas; elas levam centenas de anos para se decompor na natureza, e causam uma série de problemas:

* Entopem canos de esgoto e pluviais
causam problemas para animais aquáticos, que podem ficar presos dentro de sacolas ou ingerí-las acidentalmente por confundí-las com águas-vivas (e a mesma sacola pode ser ingerida por vários animais em sucessão, pois ela não se decompõe)
podem intoxicar e até matar animais como vacas e ovelhas
são um problema estético: sacolas voando, emaranhadas nos fios elétricos ou espalhadas pelo chão são visualmente desagradáveis.
E mesmo sacolas colocadas no lixo corretamente podem causar problemas.

Por conta disso, há propagandas do governo desses países na TV pedindo que as pessoas usem sacolas reaproveitáveis (que os supermercados vendem, recentemente comprei umas nas Lojas Americanas). Um detalhe interessante é que as sacolas usadas nos supermercados desses países extrangeiros não são identificadas; não é como aqui no Brasil, em que as sacolas têm o nome e o logo do supermercado bem visível.
O capítulo mais recente foi uma lei passada no estado de South Australia (onde fica Adelaide) proibindo sacolas plásticas; os supermercados (e outras empresas) têm três anos para abandonar completamente o uso de sacolas plásticas descartáveis. Espera-se que os outros estados adotem leis similares nos próximos anos.

Eu sempre reaproveitei as sacolas de supermercados, principalmente para colocar lixo dentro, mas admito que nunca as tinha visto como um problema ecológico grande. Parabéns á estes países vizinhos, os quais já veem desde a década de 90, com essa campanha de concientização pelo menos (de acordo com o que tenho lido), mas já aqui no Brasil não parece ser uma preocupação grande para ninguém; ao menos não se fala muito a respeito.

Procurando no Google agora por “sacolas plásticas”+”ambiente”, achei uma coluna no caderno de Ciência do Estado de São Paulo que diz: “alguns ativistas e políticos [...] procuram proibir sacolas plásticas e obrigar a população a utilizar embalagens inadequadas”. Não é exatamente a idéia certa, me parece… Também descobri que o município do Rio de Janeiro passou uma lei em abril de 2004 proibindo sacolas plásticas a partir de julho de 2004, mas que até agora não foi regulamentada. (aliás, nunca entendi essa história de regulamentar leis; só ter a lei não serve? Por que é que se precisa mais um passo para fazer a lei valer?)
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O incessante escândalo das árvores




Aqui, em qualquer época do ano, você sempre encontra uma árvore em atividade. Vou explicar. É como uma árvore que deixa de ficar quietinha onde está e começa a espernear e berrar feito uma desvairada na TPM. Agora no mês de junho é dona Araucária, que começou a chorar pinhão. Você varria de manhã e à tarde ela já tinha soltado mais uma tonelada. Isso, ainda vai durar dois meses sem parar. Mês passado, foi a vez do doutor Abacateiro, ele mora aqui ao lado, no quintal da vizinha da esquerda, mais ele é um senhor tão idoso e alto, que acaba sendo também um tanto curioso, ou seja, ele monitora alguns quintais vizinhos, o meu principalmente. Ele resolveu ficar verde e amarelo, será que foi uma singela homenagem a nosso País, em ano de Copa do Mundo ?! Aliás, os dois abacateiros inventaram a mesma moda: o macho e a fêmea. Junto com as folhas verdes eles estão produzindo uma espécie de florzinha amarela. Achei bonitinho. Mas agora os dois começaram a soltar folhas a rodo. Como se estivessem se descabelando. Na contramão desse movimento tem os três irmãos Ipês. Estão florindo. Parecem três carros alegóricos, esplendorosos e radiantes, as estrelas da vez. E como patrimônio tombado, marca registrada da rua Castro Alves, a qual moro, quase que em frente a minha casa, há um outro ilustre morador, que acompanha as idas e vindas dos moradores, presenciando sorrisos, lágrimas, crianças que passam gritando. É o senhor tamarineiro (pé de tamarindo), cujo tronco potente se alimenta da seiva colhida por grandes raízes há anos, aflora em côncavos convidativos ao descanso nas tardes quentes de verão.
Qualquer um gostaria de sentar um pouco, usufruir da sombra enquanto os frutos debruçados como flores pediam para ser colhidos.
E pra completar, não podendo ficar de fora, compartilhando da mesma emoção, o mamoeiro e as duas bananeiras do meu quintal, estão em processo de 'gestação'...o que significa que eles finalmente resolveram acordar pra vida.
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Ahh, a saudade...

"Em alguma outra vida,
devemos ter feito algo de muito grave,
Para sentirmos tanta saudade...
Trancar o dedo numa porta dói.
Bater com o queixo no chão dói.
Torcer o tornozelo dói.
Um tapa, um soco, um pontapé , doem.
Dói bater a cabeça na quina da mesa,
Dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim.
Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade de um irmão que mora longe,
Saudade de uma cachoeira da infância,
Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais,
Saudade do pai que morreu,

do amigo imaginário que nunca existiu,
Saudade de uma cidade,
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa.
Doem estas saudades todas.
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar no quarto e ela na sala, sem se verem, mas sabiam-se lá.
Você podia ir para o dentista e ela pra faculdade, mas sabiam-se onde.
Você podia ficar o dia sem vê-la, ela sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã.
Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor,
Ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber.
Não saber mais se ela continua fungando num ambiente frio.
Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia.
Não saber se ela ainda usa aquela saia.
Não saber se ele foi à consulta com o dermatologista como prometeu.
Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre culpada,
Se ele tem assistido às aulas de inglês, se aprendeu a entrar na internet,
A encontrar a página do Diário Oficial, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros,
Se ele continua preferindo Malzebier, se ela continua detestando McDonalds,
Se ele continua amando, se ela continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo!
Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos,
Não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento,
Não saber como frear as lágrimas diante de uma música,
Não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
É não saber se ela está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso...
É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela.
Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer.
Saudade é isso que eu estive sentido enquanto escrevia
E o que você provavelmente estará sentindo depois que acabar de ler."

Crônica do Amor (Arnaldo Jabor)


"Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera. Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco. Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem noódio vocês combinam. Então? Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome. Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem amenor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você amaeste cara? Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor. É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucurapor computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor? Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados. Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível. Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó! Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é!


Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa."

Ou ISTO ou AQUILO



Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão,
quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!

Ou guardo o dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e gasto o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo . . .
e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranqüilo.

Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

(Cecília Meireles)

Caio F.



"E tudo que eu andava fazendo e sendo eu não queria que ele visse nem soubesse, mas depois de pensar isso me deu um desgosto porque fui percebendo (...) que talvez eu não quisesse que ele soubesse que eu era eu, e eu era."

10 Coisas Para Fazer no Frio


O INVERNO chegou, e pelo que já se pode notar, o frio deste ano não está pra brincadeira não.
Pensando nisso,fizemos uma lista das 10 melhores coisas para ser fazer no frio.

1. TOMAR UM BOM CHOCOLATE QUENTE

Você pode tomar muitas bebidas pra espantar o frio: um bom chá, um cafezinho, um capuccino... Mas nada é tão gostoso quanto um chocolate quente, fervendo e bem docinho, trazendo um calorzinho gostoso pra dentro da gente. Faça em casa ou compre na rua, mas não deixe de tomar o seu!

2. FICAR JUNTO DA PESSOA QUE SE AMA

Aproveite o friozinho terrível! Agora você tem uma excelente desculpa para grudar na pessoa amada, 24 horas por dia. Afinal, abraçadinhos vocês se esquentam e trocam calor humano. Tudo fica bom junto com aquela pessoa especial: um bom cinema, uma noite num barzinho ou, até mesmo, ficar vendo TV debaixo das cobertas.

3. ASSISTIR UM BOM FILME

Tá certo que, pra ir ao cinema, não precisa fazer frio, já que ver um bom filme é sempre muito bom! Mas diz que não é uma maravilha fugir do frio das ruas dentro de uma sala de cinema, assistindo um suspense, um romance, uma comédia... qualquer coisa? Também é muito legal rever aqueles clássicos que marcaram a sua vida, em casa.

4. LER AQUELE LIVRO QUE ESTÁ NA ESTANTE

E aquele livro que você comprou ou ganhou há um certo tempo e encostou na estante? Agora é a hora de enfrentar as infinitas páginas e se deliciar com histórias fascinantes e novos conhecimentos. Leve-o com você para baixo do cobertor, junto com uma garrafa de chocolate quente e divirta-se!

5. REVER FOTOS ANTIGAS

Não tem jeito: inverno é uma estação meio nostálgica! Todo mundo sente aquela vontade de assistir filmes velhos, ouvir música antiga e, claro, rever fotos quase pré-históricas. Fotos de pessoas que sumiram da sua vida, fotos da infância, da família, de lugares inesquecíveis, de velhos amores e velhos inimigos. Muito bom !

6. LIGAR PARA OS AMIGOS QUE NÃO VÊ HÁ TEMPOS

Depois de rever fotos de amigos que você não vê há um tempão, não bate aquela vontade de saber como eles estão? Uma das grandes emoções do inverno é discar aquele número e torcer, enquanto o telefone chama, pro seu amigo não ter mudado. E, quando tem sorte e consegue falar com ele, descobrir quanta coisa mudou na vida de vocês, menos a amizade. Não é lindo?

7. SAIR DO REGIME


Esqueça o regime! Jogue fora as tabelas de contagem de calorias, aposente a balança! Você ainda vai ter toda a primavera para entrar em forma para o verão. Se entregue àqueles pratos maravilhosos que engordam horrores. Massas, feijoada, chocolate (muito chocolate); vale tudo no inverno!!


8. COMPRAR ROUPAS DE VERÃO EM LIQUIDAÇÃO

Sabe aquele biquini maravilhoso que você não comprou porque teve muita pena de entregar 3 salários em duas peças minúsculas? Pois é, ele agora deve estar custando um décimo do seu salário! Aproveite as liquidações e reforme seu guarda-roupa para o próximo verão. Com o frio que tá fazendo, ninguém vai comprar tops, saias, vestidinhos leves... E os preços caem muito!!

9. DORMIR

Ninguém merece acordar cedo no inverno!! O friozinho dá uma vontade de dormir... Então, saia menos à noite e aproveite mais sua cama, que, provavelmente, é um dos lugares mais quentes do mundo atualmente. Com muitos - mas muitos mesmo - cobertores, é claro!


10. FAZER PLANOS PRO VERÃO, DEBAIXO DOS COBERTORES

E já que você já está debaixo das cobertas, que tal fazer planos para o verão? Listar todas aquelas praias do NORDESTE que você precisa conhecer, os biquinis bárbaros que você precisa comprar, os luais com os amigos.... O
verão pode ser inesquecível, é só planejar!!

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6 Coisas sobre Relacionamentos


1- Acreditar ou não acreditar que os 'opostos se atraem' ?
Porque sempre uma parte vai ceder muito e se adaptar demais. E sempre esta é a parte mais insatisfeita. Acredito mais em quem tem interesse em comum.
Se você adora dançar forró, melhor namorar quem também gosta, se você gosta de cultura italiana, melhor alguém que também goste.
Frequentar lugares que você gosta ajuda a encontrar pessoas com interesses parecidos com os teus.
A extrovertida e o caretão anti-social é complicado e, depois, entra naquela questão de 'um querer mudar outro, ui...'.rs.
Pessoas mudam quando querem. E porque querem.
E pronto! E demora!

2- Cama é essencial !

Aliás, pele é fundamental. Tem gente que é mais ‘sexual’, outras que são mais tranquilas.
O garanhão insaciável e a donzela sensível, acho meio estranho. Isto causa muitas frustrações e dá-lhe livros de auto ajuda sobre sexo. (nada contra os escritores dessa categoria). Assim como outras coisas, cada um tem um perfil sexual. Cheiro, fantasias, beijo, manias..., quanto mais sintonia, melhor.

3- Pessoas não se complementam. Acredito em pessoas que se somam.

Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo,
como cobrar cem por cento do outro? E não temos esta coisa completa.
Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama. (hãn?)
Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.
Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador. (aff)
Às vezes ela é malhada, mas não é sensível.
Tudo nós não temos.
Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele.

4- Pele é um bicho traiçoeiro.

Quando você tem ‘pele’ com alguém, pode ser o papai-mamãe mais básico que é uma delícia.
E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona...
Acho que o beijo é importante... e se o beijo bate... se joga linda!
Se não bate...mais uma Smirnoff, por favor... e vá dar uma volta. ;)

5- Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra.

O outro tem o direito de não te querer.
Não lute, não ligue, não dê ataque!
Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou NÃO.
Existe gente que precisa da ausência para querer a presença.
O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos.
Mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela VOLTA. Nada de drama. (rs)
Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro, pressão de família, ou até mesmo para agradar essa nossa sociedade podre ?
O legal é alguém que está com você por você. E vice versa.
Sem cobranças, sem pensar no ‘que vão pensar, achar...’
Não fique com alguém por dó também. Ou por medo da solidão.
Nascemos sós.
Morremos sós.
Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado.
E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento.
Tem gente que pula de um romance para o outro.
Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia?
Hãn ?!

6- Amar dói.

Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração, sentimento de impotência. Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo.
E nem sempre as coisas saem como você quer...como eu quero, como queremos.
A pior coisa é gente que tem medo de se envolver.
Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta. ( ou será que é ? ) Eu, sou não...
Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível. E poderá ainda ta com este ato, ajudar o Planeta ! rs
Na vida e no amor, não temos garantias. E nem todo sexo bom é para namorar.
Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.
Nem todo beijo é para romancear.
Nem todo sexo bom é para descartar. Ou se apaixonar. Ou se culpar.
Tudo podemos, mas nem tudo nos convém. (fica a dica)
Enfim... quem disse que ser feliz é fácil?

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A Bagagem da Vida



À medida em que os anos vão passando, a bagagem vai aumentando... Porque existem muitas coisas que você recolhe pelo caminho, coisas que você pensa que são importantes.
A um determinado ponto do caminho começa a ficar insuportável. Carregar tantas coisas, pesa demais... Então você pode escolher: Ficar sentado à beira do caminho, esperando que alguém o ajude, o que é difícil, pois todos que passarem por ali já terão sua própria bagagem. Você pode ficar a vida inteira esperando, até que seus dias acabem. Ou pode aliviar o peso, esvaziar a mala.
Mas, o que tirar? Você começa tirando tudo para fora. Veja o que tem dentro: Amor, amizade... Nossa! Tem bastante. Curioso, não pesa nada. Tem algo pesado. Você faz força para tirar... Era a raiva - como ela pesa!
Aí você começa a tirar, tirar e aparecem a incompreensão, o medo, o pessimismo. Nesse momento, o desânimo quase te puxa pra dentro da mala. Mas você puxa-o para fora com toda a força, e no fundo aparece um sorriso, sufocado no fundo da bagagem. Pula para fora outro sorriso e mais outro, e aí sai a felicidade. Então você coloca as mãos dentro da mala de novo e tira pra fora a tristeza.
Agora, você vai ter que procurar a paciência dentro da mala, pois vai precisar bastante. Procure então o resto: a força, esperança, coragem, entusiasmo, equilíbrio, responsabilidade, tolerância e o bom e velho humor. Tire a preocupação também. Deixe-a de lado, depois você pensa o que fazer com ela.
Bem, sua bagagem está pronta para ser arrumada de novo.
Mas, pense bem o que vai colocar lá dentro de novo, hein?
Agora é com você!
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Abelardo e Heloísa

Já que adoramos falar de amor, impossível deixar de falar sobre a vida de Abelardo e Heloísa! É triste, porém uma história de amor real, se passou entre o final da Idade Média e o início da Renascença!


História resumida:
"Pierre Abailard, ou Abelardo, de 37 anos, era um filósofo muito famoso por suas teorias e controvérsias em seu meio acadêmico.

Heloísa, uma bela menina de apenas 17 anos. Era órfã e vivia com seu tio e tutor, Fulbert.
Em troca da hospedagem, Abelardo aceitou dar aulas particulares para Heloísa, a pedido do seu tio. Em pouco tempo, professor e aluna aguardavam ansiosamente as próximas aulas. Nascia então o amor em seus peitos... só se sentiam em paz quando estavam juntos.
Até que um dia, se renderam àquela paixão e então, Heloísa acabou engravidando!
Para evitar um escândalo Abelardo levou-a para uma aldeia no interior da França e a deixou aos cuidados de sua irmã.

Voltou a Paris e resolveu falar com Fulbert, para que ele como tutor, o perdoasse e autorizasse o casamento.
Fulbert acabou por aceitar e casaram-se às pressas, na calada da noite em uma catedral em Notre Dame. Porém o velho Fulbert muito magoado com a situação e não aguentando mais o falatório do povo, resolveu vingar-se de Abelardo: contratou uns carrascos para castrarem Abelardo.
Tomado pela angústia e vergonha, Abelardo resolveu isolar-se em um mosteiro e Heloísa, da mesma forma, internou-se em um convento. Depois da tragédia, correspondiam-se por cartas, mas não se viam. Até que Abelardo, anos depois, construiu uma escola - mosteiro próximo de onde Heloísa vivia, viam-se diariamente mas não se falavam, apenas trocavam cartas.
E assim viveram, sustentando esse amor apenas em suas correspondências, até a morte de Abelardo, aos 63 anos de idade.
Heloísa mandou construir uma sepultura em sua homenagem e vinte anos mais tarde ao falecer, a seu pedido, foi sepultada no mesmo túmulo, junto seu amado, enfim em paz... "
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O tal do amor...

Quando as almas se convergem e se entendem pela força do olhar, se conectam pela linha de pensamento
e se reafirmam cada dia mais.
O homem trata de rotular essa relação
chamada de amizade...
Porém, não seria conveniente chamar de amor?
amor, amizade, amizade, amor...
Falando assim me soa como dois sinônimos para uma mesma sensação gostosa de bem estar.

Não importa se há distância, não importa se há obstáculo, o que importa é que há amor...
e isso nós temos de sobra: um pelo outro!
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...Só hoje, ou todos os dias ?! Dia dos nAMORados.

Não há verbos nem
substantivos que possam
retratar o quanto tu me
faz FELIZ, o quanto
tu me faz SORRIR...Se eu pudesse, faria tudo diferente. Mas ainda bem que não o fiz, pois senão, nosso destino seria diferente.

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Sintaxe à vontade



Sem horas e sem dores
Respeitável público pagão
a partir de sempre
toda cura pertence a nós
toda resposta e dúvida
todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser
todo verbo é livre para ser direto e indireto
nenhum predicado será prejudicado
nem tampouco a vírgula, nem a crase nem a frase e ponto final!
afinal, a má gramática da vida nos põe entre pausas, entre vírgulas
e estar entre vírgulas pode ser aposto
e eu aposto o oposto que vou cativar a todos
sendo apenas um sujeito simples
um sujeito e sua oração
sua pressa e sua verdade, sua fé
que a regência da paz sirva a todos nós... cegos ou não
que enxerguemos o fato
de termos acessórios para nossa oração
separados ou adjuntos, nominais ou não
façamos parte do contexto da crônica
e de todas as capas de edição especial
sejamos também o anúncio da contra-capa
mas ser a capa e ser contra-capa
é a beleza da contradição
é negar a si mesmo
e negar a si mesmo
pode ser também encontrar-se com Deus
com o teu Deus
Sem horas e sem dores
Que nesse encontro que acontece agora
cada um possa se encontrar no outro
até porque...

tem horas que a gente se pergunta...
por que é que não se junta
tudo numa coisa só?


O Teatro Mágico