Estamos com fome de amor...

Tá ai mais um texto que o Jabor acertou em cheio! Não conseguimos nem pensar em alguma imagem que fosse digna de acompanhá-lo! rsrs
Esse é pra ler, divulgar e... praticar!

O que temos visto por ai ???
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes.

Com suas danças e poses em closes ginecológicos, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirurgias plasticas, como se fossem ao supermercado e pedissem o corte como se quer... mas???

Chegam sozinhas e saem sozinhas...
Empresários, advogados, engenheiros, analistas, e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos...
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer", incrível.

E não é só sexo não!

Se fosse, era resolvido fácil, alguém dúvida?
Sexo se encontra nos classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas sexo!
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho, sem necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico na cama .... sexo de academia .. . .

Fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos,
sem se preocuparem com as posições cabalisticas...
Sabe essas coisas simples, que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção...
Tornamo-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós...
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos sites de relacionamentos "ORKUT", "PAR-PERFEITO" e tantos outros, veja o número de comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra viver sozinho!"
Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários, em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis, se olharmos as fotos de antigamente, pode ter certeza de que não são as mesmas pessoas, mulheres lindas se plastificando, se mutilando em nome da tal "beleza"...

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento, e percebemos a cada dia mulheres e homens com cara de bonecas, sem rugas, sorriso preso e cada vez mais sozinhos...
Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário...
Pra chegar a escrever essas bobagens?? (mais que verdadeiras) é preciso ter a coragem de encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa...
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodê, brega, familias preconceituosas...

Alô gente!!! Felicidade, amor, todas essas emoções fazem-nos parecer ridículos, abobalhados...

Mas e daí? Seja ridículo, mas seja feliz e não seja frustrado...
"Pague mico", saia gritando e falando o que sente, demonstre amor...
Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais...

Perceba aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, ou talvez a pessoa que nada tem haver com o que imaginou mas que pode ser a mulher da sua vida...
E, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois...
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza ?

Um ditado tibetano diz: "Se um problema é grande demais, não pense nele... E, se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele?"
Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens e ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser estabanado...
O que realmente, não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in...
Que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas, maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda, na TV, e também na playboy e nos banheiros, eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos, gostamos sim de olhar, e imaginar a gostosa, mas é só isso, as mulheres inteligentes entendem e compreendem isso.

Queira do seu lado a mulher inteligente: "Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida"...

Porque ter medo de dizer isso, porque ter medo de dizer: "amo você", "fica comigo", então não se importe com a opinião dos outros, seja feliz!

Antes ser idiota para as pessoas que infeliz para si mesmo!

[Arnaldo Jabor, para o jornal O DIA!]

A Dança

Entre todas as coisas emocionantes, esse poema de Pablo Neruda certamente é uma delas. Um trecho deste soneto foi recitado no filme 'Dr. Patch Adams - O Amor é Contagioso', quando o médico Patch (Robin Williams) recita-o no túmulo Carin (Monica Potter)... lembram-se dessa parte? Tarefa difícil é não ficar com aquele nó na garganta nessa cena, eu sei.
Pois bem, segue a poesia completa para as apaixonadas de plantão se deliciarem!


A Dança
Não te amo como se fosses a rosa de sal, topázio
Ou flechas de cravos que propagam o fogo:
Te amo como se amam certas coisas obscuras,
Secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e leva
Dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
E graças a teu amor vive escuro em meu corpo
O apertado aroma que ascendeu da terra.

Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
Te amo assim diretamente sem problemas nem orgulho:
Assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
Senão assim deste modo que não sou nem és,
Tão perto que tua mão sobre o meu peito é minha,
Tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.

Antes de amar-te, amor, nada era meu:
Vacilei pelas ruas e as coisas.
Nada contava nem tinha nome.
O mundo era do ar que esperava
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se dependiam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo.
Caído, abandonado, decaído,
Tudo era inalianavelmente alheio.
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono.

Huuum... Pudim...


Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir Pudim de sobremesa, contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente um pedacinho minúscula do meu pudim preferido.
Uma só.
Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa.
Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência,
comprar um pudim bem cremoso
e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.

O PUDIM é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.

A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade. A gente sai pra jantar, mas come pouco.
Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.
Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').

Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.
Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo, mas tem medo de fazer papel ridículo.
Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar. E por aí vai.

Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...
Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...
Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'. Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.

Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito. Recusar prazeres incompletos e meias porções.

Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase mais ou menos assim:
'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'...

Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar vários pedaços de pudim, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.

Um dia a gente cria juízo.
Um dia.
Não tem que ser agora.

Por isso, garçom, por favor, me traga: um pudim inteiro um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order', uma caixa de trufas bem macias e o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente.
OK?
Não necessariamente nessa ordem.

Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago.


[Martha Medeiros]

Tenho lá meus extremos


''Comigo é 8 ou 80,

é ou não é,

foi ou não foi.''

Pra descontrair...

La Maison en Petit Cubes

Aproveitando esse climinha de fim de ano em que as pessoas começam a repensar suas vidas e coisa e tal, assistir ao vídeo desse post é uma boa pedida [mesmo!]. Não foi à toa que o curta ganhou o Oscar de melhor curta de animação em 2008.

É um curta japonês, que tem como personagem principal um senhor, que vive sozinho em um pequeno quarto, em uma cidade totalmente surmersa pelo mar e, ele é o único que ainda resiste em seu quartinho...
Kunio Katô, consegue de maneira ímpar fazer a recaptulação de toda vida do personagem e, aliada à delicadeza da obra, a trilha sonora é um encanto a parte.

Senhoras e senhores, com vocês “La Maison en Petit Cubes”!
Segue o link do youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=6D3QbrV3pT8&feature=player_embedded
Category: 0 comentários

Olhar de Mangá

Quando a mulher ciente da beleza
Encara a natureza e vira Iemanjá
Seduz o coração do homem
Com a tentação do seu olhar de mangá
Foi assim com Lilith, primeira com os olhos de pidona , Brigite e Marilyn, Gisele, Vera Fischer e Madonna

Bem mais do que 15 minutos de glória
O olhar ficou na historia escrito em neon
É sexo feito com os olhos
Um miniorgasmo disfarçado em frisson
Foi assim com Lilith, primeira com os olhos de pidona, Luana e Rita Lee, Dalila, Malu Mader e Fiona

Quero que um olhar igual a esse
Se detenha em mim
Que mexa com meus sentimentos
Me possua até o fim
Enquanto esse olhar não acontece
Eu fico por aqui
Mas sinto que ele está por perto
Azarando por aí

E lá em cima
No jardim do Éden
Os deuses já de porre
Brindam com Maná
A grande sacanagem na Terra
Tudo por causa do olhar de mangá
Foi assim com Lilith, primeira com os olhos de pidona, Medusa e minha mãe, Xuxa, Fernandinha e Fernandona

E segue a maratona
Paula Toller, Lady Dy, Iracema, Dona Flor,
Cicarelli, Wanderléa, Pitanga, Calcanhotto e Madalena
Grace kelly, Rosemary, Luluzinha, Juliana,
Barbarella, Angelina, Frida Kahlo, Capitu e Messalina
Simone, Salomé, Mata Hari, Beth Davis
Marina, Martha Rocha e Monalisa
Patrícia, Marisa Monte, Esmeralda, Marília Pêra
Bethânia, Sharon Stone, Margie Simpson
Ivete, Gal, Bibi Ferreira, Janis Joplin, Halle Berry, etc...

Todas com os olhos de pidona.

A vida é um cubo mágico!

Todos nós temos uma biografia secreta. Aquela que ninguém conhece. Não fará parte de um livro, está protegida dentro de nós e ninguém terá acesso. É como se houvesse um mundo dentro de outro e um deles possui senha e é bloqueado para visitantes. É aquela parte do caminho em que preferimos seguir sozinhos, sem companhia, em silêncio absoluto, desfrutando cada detalhe do enredo que construímos.
Estamos sempre descobrindo o que queremos esconder. E essas pequenas partes são preciosas; não há que se dividir com os outros. Elas pertencem ao nosso eu interior; não precisam ser expostas à apreciação e julgamento alheio. É como se a vida fosse um cubo mágico, com infinitas possibilidades de combinações. Porém, aquelas que só nós conseguimos criar, devem ser guardadas do mundo para que não percam a essência.
Sempre estamos buscando no dia seguinte uma chance para nos sentirmos satisfeitos com a vida. Queremos que, de repente, algo aconteça de bom e nos encha de alegria. Se o hoje não está a contento, por que seria amanhã o dia de sorrir? O que estamos fazendo neste momento, que possibilidades estamos criando para que a plenitude se aproxime? Se o problema está nos outros, não seria hora de se afastar um pouco e descobrir o que está errado? Será que o erro não é nosso?
Ninguém nos completará em plenitude. Temos dias de sonhos e noites de pesadelos e isso pode não coincidir com os mesmos dias e as mesmas noites de quem está conosco. Não é porque estou para lágrimas que a pessoa ao meu lado deverá chorar também. As minhas combinações podem não estar no mesmo ritmo das combinações do outro. Por que querer conduzir os passos em dupla se a música atual tem uma nota só?
Viver é uma necessidade. Se feliz ou triste, é apenas um detalhe. A questão é ser coerente com as expectativas: não se pode procurar pelo azul quando se está tentando encaixar o vermelho. É preciso apagar histórias mal vividas para poder estampar um novo quadro na parede. E mesmo que isso leve muito tempo, faz-se necessário descobrir o que o atormenta e o que o faz feliz de fato, o que o inibe e o que o encoraja. A partir disso, é expandir as suas fronteiras para um único alvo.
Somos sós. Somos únicos. Ninguém consegue partilhar das mesmas emoções o tempo todo. Temos as nossas preferências, os momentos ruins que destoam da história que, de repente, estamos vivendo. E já que somos enigma, não devemos esperar que o outro entenda o nosso presente desajuste. É uma viagem desconhecida que pode ter curta ou longa duração. Quem pode prever que o campo em que estamos pisando não está minado? Não se pode depositar sonhos e planos na vida que não lhe pertence. Cada um tem a sua história e só deverá dividir o que houver para ser dividido. Há uma parte que é só nossa.
Escreva a sua vida de acordo com a vontade presente. Simule-a se for preciso, dê a ela todas as possibilidades, descompromissando-a de simetria. Dramatize, romanceie, satirize, atinja o topo sem se cansar muito. Não seja flexível demais para não se perder e não tente tirar da cabeça aquilo que está no seu coração...
[Luciana Penteado]
Category: 0 comentários

A procura de alguém


''Não quero alguém que me ame absurdamente, mas o suficiente
Não quero alguém que diga-me “Eu te amo”, mas que me transmita valores
Não quero alguém que me ligue todos os dias, mas alguém que esteja em sintonia comigo
Não quero alguém que me dê presentes, mas alguém que lembre-se de mim
Não quero alguém que sinta ciúmes, mas que se importe comigo
Não quero alguém que faça declarações de amor, mas que saiba se expressar
Não quero alguém que me guie, mas alguém que caminhe junto comigo
Não quero alguém com grandes coisas, mas alguém com significados
Não quero alguém que me escute, mas alguém que saiba me decifrar
Não quero alguém que me elogie, mas alguém que me admire
Não quero alguém que me aconselhe, mas alguém que me encoraje
Não quero um confidente, mas um cúmplice
Não quero nem muito nem pouco, mas o bastante!"

Talita Scotto
Category: 0 comentários

Utopia

"A utopia está lá no horizonte.
Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos.
Caminho dez passos e o horizonte corre dez.
Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei.

Para que serve a utopia?
Serve justo para isso.
Para que eu não deixe de caminhar"

(Eduardo Galeano).