Desencana, neurose!


Não ligava para os pensamentos dos outros quando tinha o seu formado.
Ela fazia parte de uma sensibilidade anormal - daquelas bem amargas, que degustadas até o fim trazia um prazer meio adocicado. Era amiga de todos em volta, mas também adorava a parte que se enturmava com as paredes, a cama, o edredon, e só: esse triangulo, de vez em quando era o seu preferido. Não ligava para os pensamentos dos outros quando tinha o seu formado, mas todos esses foram vez ou outra, enfluenciados por uma palava. Gostava da arte e era facinada secretamente pelo romance que podia ser escrito com a sua história . Ela podia se descrever de várias formas, mas tinha uma que era completa - e talvez, a que ela mais gostasse - ela era um misto de sentimentos pulsanete e inacabáveis. Só isso. Não era só mais uma pessoa que sentia isso sempre - e como sentia - ela era um pouco mais: era a coisa própria. Não sei como aconteceu, talvez tivesse se misturado entre um suspiro ou outro e com um voialá dito por-não-ser-quem, se transformou. Na minha vista, ela sempre será, nunca é. Apartir do momento em que a porta se encostou para dar lugar a quem chegava, eu senti que o amor deixava de ser um sentimento e passará a ser uma pessoa. Mas o boato que rola na cidade é que teve um data especifica para isso. Talvez essa data tenha sido algo como desde sempre. E como tenho uma certeza inexplicável que não tenho o direito de colocar um final nisso, deixo em reticencias sua descrição. Uns três pontinhos de mais algumas chances, mais amores, mais décadas, mais pontinhos, três pontinhos.
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